A EC.ON – Escola de Escritas é uma entidade vocacionada para o trabalho oficinal na tradição anglo-saxónica da “escrita criativa”. A maioria da nossa oferta é online (perto de noventa cursos ministrados por mais de vinte escritores de língua portuguesa), embora a oferta não se limite ao campo literário (há também cursos direccionados para os media, publicidade, biografia e autoconhecimento, rede, teatro, cinema e para as crianças).

A par da vasta oferta online, desenvolvemos igualmente sessões presenciais, de que são exemplo os “Cursos Ícone” (aos sábados, desde Janeiro de 2014, um escritor apresenta-se na nossa sede para falar sobre os seus processos de criação literária), o Ciclo de Literaturas Contemporâneas ou cursos pós-laborais durante a semana e ainda Passeios Literários, serviços de assessoria literária, de tradução e editoriais, para além de um evento anual dedicado à poesia, FEIO – Festa de Escritas, Improvisos e Oralidades.

Os cursos online da EC.ON – Escola de Escritas têm características muito específicas. Tal fica a dever-se, por um lado, a uma ideia projectiva da aprendizagem e, por outro lado, ao método seguido que é de carácter qualitativo, personalizado, assíncrono e livre:

A) Qualitativo, porque convidarmos escritores a trabalhar as suas experiências, aptidões e saberes oficinais específicos com os nossos formandos, num tipo de partilha muito singularizado que dificilmente poderia ter lugar em sistemas clássicos de ensino ou em realidades de tipo grupal.
B) Personalizado, porque o escritor, na sua função docente, e o formando, na sua função discente, trabalham a sós, em círculo privado, através de cronogramas e programas predefinidos que, no entanto, se ajustam maleavelmente a cada caso concreto, tornando única a partilha oficinal (esta agilidade começa logo no início, pois o formando paga a sua propina e começa imediatamente o seu curso).
C) Assíncrono, porque as tarefas que se colocam em cada semana de curso são interpretadas pelo escritor e pelo formando, tendo em conta o ritmo criativo e a incorporação individualizada de competências e não a rigidez temporal ou a compulsão norteada por objectivos.
D) Livre, porque o cronograma proposto no início dos cursos é uma simples proposta de trabalho que cada formando molda em função de circunstâncias pessoais e profissionais, adequando assim a celeridade e a complexidade da vida actual à sua opção muito pessoal de valorização expressiva.

Por outro lado, na EC.ON – Escola de Escritas a partilha de competências é progressiva e cumulativa, fazendo-se sentir através de um processo crítico de grande proximidade. No final, os resultados são evidentes e a experiência, única no modo como desperta potencialidades, converte-se num novo ponto de partida para ‘dizer o mundo’.

Na EC.ON – Escola de Escritas acredita-se que o ensino do futuro se baseará, em grande parte, num regresso à antiga individuação ‘mestre-formando’. A tecnologia permitirá cada vez mais que, em complementaridade com as realidades massificadas, novas entidades personalizadas operem e cooperem em transferências e partilhas de práticas e de saberes. A democraticidade dos saberes terá nesta complementaridade o seu grande incentivo.

Nas futuras sociedades do conhecimento, ‘aprender a aprender’ significará, cada vez mais, desafiar a própria expressão (ficcional, comunicacional ou do autoconhecimento) a optimizar e a potenciar ao máximo as suas competências. A EC.ON situa-se neste ponto de partida que liga os recantos do nosso presente aos grandes desafios de amanhã.

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