ECON_CampIconeFB_PReis_FB1  ECON2014_Cursos_PReis_E04_FB1

Cursos:
(E.04) Oficina de Escrita: cada um escreve o que pode | 8 semanas.

(I.01) Cursos Ícone I: A Oficina de Escrita & Leituras e Criação Literária | 10 semanas (Fevereiro a Julho de 2014).

Bio:
Patrícia Reis tem uma obra vasta e heterogénea, quer na área literária, quer no domínio dos projectos editoriais. O seu trajecto no jornalismo iniciou-se no semanário O Independente, em 1988. Esteve depois na Sábado, no Expresso, na Marie Claire, na Elle e no Público. Publicou a novela ‘Cruz das Almas’ (2004) e os romances ‘Amor em Segunda Mão’ (2006), ‘Morder-te o Coração’ (2007), ‘No Silêncio de Deus’ (2008), ‘Por Este Mundo Acima’ (2011) e ‘Contracorpo’ (2012). É autora das colecções infanto-juvenis ‘Diário do Micas’ (Editorial Planeta Portugal) e ‘Carolina’ (Matéria-Prima Edições). É editora da Revista Egoísta e um dos rosto do atelier 004. Em 2016, publicou ‘A Gramática do Medo’ (escrito a quatro mãos com Maria Manuel Viana). ‘A Construção do Vazio’ (Dom Quixote, 2017) é o seu mais recente romance.
http://vaocombate.blogs.sapo.pt/

Cursos Ícone I:
Patrícia Reis (Cursos Ícone, EC.ON).
Lisboa, 15 de Fevereiro de 2014
Vídeo-reportagem:

Foto-reportagem:
Facebook: http://goo.gl/RyHOQU
Google+: http://goo.gl/BS1i2d

Entrevista EC.ON (Newsletter, Fevereiro de 2014):

1- Como responderia a uma questão básica que muitas vezes nos é colocada: “O que entende por escrita criativa”?
Escrever criativamente é aceitar um desafio. A partir de uma situação criada em aula, numa oficina de escrita ou através de um curso on-line, é proposto o desenvolvimento de uma situação que obriga a que a imaginação apareça de forma a se chegar a uma história. Há muitos exercícios criativos que se podem dar a diversos tipos de alunos, sempre considerando a idade, o contexto sócio-económico. Às vezes, as pessoas acham que vão para estes cursos para aprender a escrever. Aprendemos a escrever o primeiro ciclo escolar. O que não aprendemos, muitas vezes, é a exercitar a nossa capacidade de contar uma história de forma eficaz, a analisar a linguagem e a sua riqueza, a considerar as variantes que dispomos para contar uma história.

2- Tendo em conta a sua experiência concreta, perguntamos-lhe se os formandos passam realmente a ter, no final dos cursos, uma outra relação com as suas próprias potencialidades expressivas?
Na minha opinião, todos os formandos que tive até hoje – e não posso dizer que tenham sido poucos – assumiram, na última aula, que a sua escrita passou a ser diferente, tal como o entendimento sobre a escrita dos outros. Considero esta avaliação muito positiva. Ao mesmo tempo, tenho o privilégio de ter ex-formandos que já estão no mercado com livros publicados e isso é mesmo uma alegria.

3- Nas formações específicas que lecciona, já alguma vez acompanhou formandos que tenham começado do ‘grau zero’ e que tenham acabado por publicar um livro com alguma qualidade literária? Como sintetizaria esse processo?
Sim, já me aconteceu trabalhar com uma pessoa que nunca tinha considerado publicar nada. Não publicou um livro, mas sim um fado. Foi engraçado já que o texto surgiu a partir de um desafio em aula. Tenho duas ex-alunas que tinham a ambição de publicar e, nesse caso, o processo foi distinto. Trabalhámos muito para que os livros estivessem no “ponto”, ou seja, passíveis de serem entregues a uma editora. Passaram as duas com distinção.

4- O que pensa do método assíncrono e sobretudo personalizado (um/a escritor/a-docente »» um formando)?
Acredito que uma relação individual, personalizada, torna todo o trabalho mais interessante para o docente e para o formando, os resultados são melhores e mais rápidos. Por outro lado, não posso deixar de dizer que os grupos pequenos, até 4 pessoas, podem potenciar situações criativas e de escrita partilhada: todos aprendem uns com os outros. Ambas são experiências gratificantes.